Não me encaixo em situações mal resolvidas. Não dá. Não tenho paciência, não fui projetada para tal. Não fui feita para esperar boazinha enquanto algum cara decide se vai ou racha. Se ele está pronto, se era isso mesmo.
Não fui feita para entender o pânico que se instala de maneira preguiçosamente previsível em homens que se veem em uma situação de comprometimento de maneira mais rápida do que imaginaram. Não engulo a psicologia barata do “primeiro ele se afasta, para depois juntar”, sabendo que a atitude da mulher diante do afastamento estratégico masculino é que vai dizer se você é a escolhida ou não. Não sirvo para assistir de camarote um homem que quer dizer adeus, mas não quer ser odiado eternamente ou parecer o vilão da história, e fingir que não tô vendo nada disso porque quem sabe ele muda de ideia?
Não sirvo para colocar desculpas onde a verdade é tão clara que cega.
Sabe o que determina o sucesso de uma relação? A certeza.
Ou estamos juntos. Ou não estamos juntos.
Tá certo que é difícil ter certeza, mas não tenho saco pra fazer a mulher paciente que espera, que aceita, que entende. Uma relação é uma via de mão dupla. E eu? Quem me espera? Quem me aceita? Quem me entende?
Nunca menti. Sou legal, engraçada, amiga. Não ligo dez vezes ao dia para saber como tá. Não preciso que fique grudado no meu cangote durante todo o fim de semana.
Não me precisa me ligar pra avisar que chegou em casa. Não precisa esquecer o futebol com os amigos. Não precisa parar de acompanhar o UFC.
Mas por favor, não me peça para ficar em cima do muro enquanto tu decide se caga ou sái da moita. Não sirvo para este papel. Nunca servi. Ou você está comigo, ou não está. Pra mim, eu te amo pede ponto de exclamação. Se vai colocar uma virgula, espero que esta seja seguida por adeus e ponto final.
Se é pra amar sozinha, eu amo… sozinha! Não preciso de ninguém do meu lado para isso.
Eu te amo, é claro, mas tenho certeza que o tempo mudará isso.
Texto da @Jackelineaguiar
Nenhum comentário:
Postar um comentário